Parafilia

Uma parafilia (do grego παρά, para, "fora de",e φιλία, philia, "amor") é um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual, ou seja, no tipo de parceiro, como, por exemplo, a efebofilia.
Em determinadas situações, o comportamento sexual parafílico pode ser considerado perversão ou anormalidade.
As parafilias podem ser consideradas inofensivas e, de acordo com algumas teorias psicológicas, são parte integral da psique normal — salvo quando estão dirigidas a um objeto potencialmente perigoso, danoso para o sujeito ou para outros (trazendo prejuízos para a saúde ou segurança, por exemplo), ou quando impedem o funcionamento sexual normal, sendo classificadas como distorções da preferência sexual na CID-10 na classe F65.
(F65.) Transtornos da preferência sexual (parafilia)
(F65.0) Fetichismo
(F65.1) Transvestismo fetichista
(F65.2) Exibicionismo
(F65.3) Voyeurismo
(F65.4) Pedofilia
(F65.5) Sadomasoquismo
(F65.6) Múltiplas distorções da preferência sexual
(F65.8) Outras desordens da preferência sexual
Frotteurismo
Necrofilia
(F66.) Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao desenvolvimento
e à sua orientação sexual
(F66.0) Desordem da maturidade sexual
(F66.1) Orientação sexual egodistônica
(F66.2) Transtorno do relacionamento sexual
(F66.8) Outros transtornos do desenvolvimento psicossexual
(F66.9) Transtorno do desenvolvimento sexual, não especificado
(F68.) Outros transtornos da personalidade e do comportamento do adulto
(F68.0) Sintomas físicos aumentados por fatores psicológicos
(F68.1) Produção deliberada ou simulação de sintomas ou de incapacidades, físicas ou psicológicas transtorno factício
Síndrome de Münchhausen
(F68.8) Outros transtornos especificados da personalidade e do comportamento do adulto
(F69.) Transtorno da personalidade e do comportamento do adulto, não especificado.

As considerações com respeito ao comportamento considerado parafílico dependem em um grau muito elevado das convenções sociais reinantes em um momento e lugar determinados; certas práticas, como a homossexualidade ou até mesmo o sexo oral, o sexo anal e a masturbação foram consideradas parafílicas em seu momento, embora agora sejam consideradas variações normais e aceitáveis do comportamento sexual.
Entretanto, há quem considere que o excesso na masturbação após a adolescência ou o fato de alguém preferir sempre esta prática do que o contato com outro indivíduo venha configurar-se uma parafilia.
Por outro lado, o próprio conceito de parafilia tende a ser revisto já que na atualidade a ciência tem ampliado cada vez mais as variações aceitáveis do comportamento sexual, mas sem que os valores novos tenham aprovado algumas condutas ainda que acompanhadas da cópula vaginal, como é o caso das relações sexuais com crianças.
Sendo assim, é impossível elaborar um catálogo definitivo das parafilias; as definições mais usuais listam comportamentos como o sadismo, o masoquismo, o exibicionismo, o voyeurismo ou o fetichismo.

Algumas parafilias

Agalmatofilia: atração por estátuas.
O termo agalma (nominativo) agalmatos (genitivo) em grego é estátua. Filia é amizade, do ponto etimológico purista é isto, contudo o sentido de filia dado pelos não gregos é de amante. O amor filia é de amizade, o amor sexual é eros e amante é erastes ou erasta, portanto quem tem desejo sexual desencadeado pela observação ou contato com estatuas do ponto de vista etimologico purista é: Agalmatoerasta.
Porém o termo filia introduzido na literatura médica psiquiatrica por eruditos alemães cujo idioma patrio não faz distinções entre os diferentes tipos de amor claramente definidos nos idiomas gregos, estando consagrado no meio médico psiquiatrico ou psicanalitico como parafilia o que em grego seria paraerastia.
Sendo assim agalmatofilia é a parafilia desencadeada pela observação ou contato com estatuas. Os vocabulos agalma, agalmatos, filos, erastes constam do dicionario grego-português e português-grego do prof. Perseu.

Agorafilia: atração por copular em lugares abertos ou ao ar livre.
Sexualmente, por Agorafilia compreende-se o desejo doentio (impulso incontrolável) pela prática do coito em lugares abertos, ou ao ar livre.

Distinções

A princípio, não é considerada uma parafilia em sua tradicional concepção, pois esta consiste em práticas para-sexuais, onde o coito propriamente dito não integra a manifestação de busca ao prazer.
Difere-se, também, do exibicionismo, pois o prazer na agorafilia não está relacionado necessariamente com a observação alheia, e sim com o local onde o sexo vem a ser praticado.

Significado etimológico

Etimologicamente a palavra deriva do grego:
ágora= nome que, na Grécia, designava as praças onde as feiras e assembléias eram realizadas;
philia= amor, afeto, predileção, e, neste caso, tendência mórbida.

Conceituações Técnicas

Na Psiquiatria seu conceito é mais amplo, pois diz respeito a toda atração mórbida por espaços abertos, em contraposição ao estado fóbico da agorafobia.
Interessa ao Direito como possível forma de ato obsceno (conforme artigo 233 do Código Penal do Brasil), uma vez que a conduta é considerada indecente frente à moral pública, tratando-se, portanto, de um crime de baixo potencial ofensivo que pode levar o infrator a uma audiência perante o Juizado Especial Criminal.

Agrofilia: excitação em fazer sexo no campo (mato).

Aiquemofilia : Prazer pelo uso de objetos pontudos e cortantes.

Amaurofilia: excitação da pessoa pelo parceiro que não é capaz de vê-la (não se aplica a cegos).

Anemofilia: excitação sexual com vento ou sopro (corrente de ar) nos genitais ou em outra zona erógena.

Apotemnofilia: desejo de se ver amputado.
Relacionado à apotemnofilia, tem-se a acrotomofilia, o devotee e o wannabe.
Acrotomofilia é a preferência sexual por pessoas que tenham alguma parte de seus corpos amputada, pois a excitação é proporcionada justamente pela falta daquela parte. Quando a excitação acontece quando um membro do próprio corpo é amputado, chama-se apotemnofilia ou amelotatista.
Devotee é o indivíduo que é atraído sexualmente por pessoas que são amputadas.
Wannabe significa "querer ser" ("wanna" significando querer e "be", ser).
Wannabe em relação à apotemnofilia é alguém que quer se tornar um ser amputado, certamente sem razão médica. Alguns wannabes são pretenders (se fazem de amputados). Para os Wannabes a amputação é uma necessidade. Alguns chegam ao extremo para conseguir a amputação desejada, pois sentem que o membro sadio os incomoda.
Pode-se afirmar que o prazer de quem sofre dessa parafilia muitas das vezes não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade paralela ao ato sexual, caracterizada pelo desejo de se ver amputado em uma ou mais partes do corpo.

Asfixiofilia (asfixia autoerótica): prazer pela redução de oxigênio. Com tudo cada asfixia causa um pequeno dano na região cerebral, danos cumulativos, de início imperceptíveis, mas de efeitos tardio.
Esta é uma lista de celebridades que, alegadamente, morreram devido à asfixia auto-erótica:
David Carradine, ator de Kill Bill
Kristian Digby, repórter da BBC
Michael Hutchence, vocalista do INXS

ATM (ass to mouth): prática em que o parceiro ativo, após o coito anal, leva seu pênis à boca da pessoa penetrada.
ou Arse-to-Mouth, é um tipo de prática sexual em que o parceiro, após o sexo anal, leva o pênis a boca da pessoa penetrada que realiza, assim, sexo oral. Uma de suas variantes é o A2OGM, onde o pênis é retirado do ânus de um pessoa e colocado diretamente na boca de outra pessoa.
Essa prática é condenável, segundo médicos por ser anti-higiênica e propiciar riscos de se contrair verminoses e outras doenças bacterianas no praticante oral ativo.
Aparentemente é uma prática cada vez mais comum no cinema pornográfico atual. Em tais películas as pessoas envolvidas costumam fazer regularmente testes de HIV e enemas profundos antes de entrarem em cena, assinam atestados e são completamente responsáveis pelas suas ações sexuais e pelo que podem acarretar a suas saúdes.
A fantasia masculina explorada nessa prática sexual é, segundo alguns, a submissão por parte do homem da sua parceira ao ponto de "alimentá-la" com a secreção extraída de seu próprio corpo depositada no órgão genital masculino. Outros afirmam ser o interesse, ou desejo puro e simples de fazer sexo oral ao órgão genital masculino, apesar das possíveis secreções anais.
Este tipo de prática tanto pode ser feita entre um homem e uma mulher, como entre homens, quer entre mulheres (recorrendo aos dedos ou brinquedos sexuais).

Bareback: O Barebacking é um termo utilizado para descrever atos de sexo anal sem proteção (ou seja, sem utilização de um preservativo). A palavra original em inglês indicava o acto de cavalgar um cavalo sem sela.
Origem

Antes da invenção de contraceptivos orais, o termo era usado como calão para descrever o acto sexual heterossexual sem preservativo. Esta prática tinha um maior nível de probabilidade de gravidez, eventualmente não desejadas.
Desde meados de 1980, o termo começou a ser usado para descrever sexo anal desprotegido. Diversas campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis já defendiam a utilização de preservativos mas a questão tornou-se mais crítica quando as formas de transmissão do HIV/AIDS começaram a ser compreendidas.
A comunidade de homens homossexuais, que foi fortemente afectada no início da pandemia, mobilizou-se rapidamente de tal forma que a prática de sexo anal desprotegido passou rapidamente a ser um tabu dentro da comunidade. Nesta altura houve a necessidade de encontrar um termo para distinguir os actos sexuais com e sem "protecção".

O sexo anal (também podendo ser referido como sodomia, embora esta palavra possa ser utilizada para outros actos sexuais não reprodutivos) é uma prática sexual que se caracteriza pela introdução do pênis no interior do ânus do parceiro sexual, seja ele mulher ou homem. Entre humanos, tal prática é tida como uma forma de se obter prazer durante a relação sexual para satisfação de um ou ambos os participantes. Segundo alguns especialistas, tal atividade não causa dano à elasticidade anal, tampouco doenças como hemorróidas, mas essa opinião não é generalizada.
A prática do sexo anal sem proteção pode ser uma via de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, pois a mucosa anal é muito mais permeável a agentes externos que a pele comum (ou mesmo a mucosa vaginal).

"SAÚDE"

O sexo anal expõe os participantes a dois perigos principais: infecções, devido ao elevado número de microorganismos infecciosos não encontrados em outros locais do corpo, e danos físicos ao ânus e ao reto, devido à vulnerabilidade dos dois. Além disso, a penetração pode ser dolorida. O sexo anal é frequentemente associado com hemorróidas, prolapso anal, dor no canal anal, úlceras e fissuras.
Recentes estudos têm comprovado que o risco destes pontos citados anteriormente está a aumentar entre os homens que fazem sexo com homens. Do mesmo modo, um relatório de 1992 realizado em Porto Rico demonstrou que 40% dos homens fazem sexo anal com as mulheres, e poucos deles afirmaram usar preservativo. O sexo anal sem o uso de proteção é muitas vezes referido como barebacking.

BBW: Acrônimo para o termo em inglês "Big Beautiful Woman", é uma denominação frequentemente utilizada no contexto ou na afirmação da atração sexual por mulheres obesas, embora seu uso seja controverso. O termo foi criado por Carole Shaw em 1979, quando ela lançou a BBW Magazine, uma revista de moda e estilo direcionada ao público feminino acima do peso corporal médio.

Bondage: Bondage é um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração.

Bukkake: É uma modalidade de sexo grupal praticado com uma pessoa que "recebe" a ejaculação de diversos homens.
Bukkake é uma prática sexual de origem japonesa, tornada comum na indústria pornográfica nos anos recentes. O termo é originário do Japão cuja tradução aproximada é "espirrar água". Foi erroneamente sugerido como oriundo de uma prática medieval japonesa onde se castigava uma mulher adúltera, previamente amarrada e ajoelhada sobre uma esteira, sendo submetida à ejaculação de vários homens. Na realidade teve origem na necessidade que a indústria pornográfica japonesa teve de se adaptar a legislação específica. Desde finais da década de 1990 tornou-se um fetiche, existindo produções de vários estúdios norte-americanos e europeus dedicados ao gênero. Deduzidas as variações, o bukkake é encenado com uma pessoa se postando de joelhos e aguardando que vários homens em pé se masturbem e ejaculem sobre o seu rosto. É também chamado de Sexo Facial (embora o termo Sexo Facial não seja tão específico, podendo significar apenas o ato de ejacular na face, não necessariamente sexo grupal).

Cinofilia: relativo a câes, não relacionada exatamente a zoofilia

Clismafilia: é a excitação sexual causada de preferência ou exclusivamente por enemas.
O termo foi concebido pela Drª Joanne Denko em 1973.

Coprofagia: (assim como a coprofilia, também conhecido como scat), copro em latim significa "fezes" e fagia "ingestão" sendo assim: prática de ingestão de fezes. Isto ocorre naturalmente em algumas espécies de animais, como cães, gatos, insetos e aves. Relata-se também tal prática em seres humanos, porém sob a categorização de patologia de ordem psíquica, ou desvio sexual (variação da coprofilia). Existe farto material de ordem hedonista a respeito do tema, principalmente proveniente do oriente.
Em práticas de dominação sexual entre duas ou mais pessoas a pessoa dominante por vezes pode defecar sobre seu escravo, não só no corpo mas como também no rosto ou até dentro de sua boca obrigando-a até a ingerir suas fezes (da pessoa dominante), isto também é denominado "scatsex".

Coprofilia: Leia Cropofilia acima.

Coreofilia: consiste na excitação sexual pela dança.

Corofilia: Diz-se ‘’corofilia, a inclinação de certas lésbicas enxutas por mocinhas impúberes’’

Crinofilia: Nesta parafilia a excitação obtém-se através de secreções como salivar, suar e por secreções vaginais.

Crematistofilia: consiste na excitação sexual ao dar dinheiro, ser roubado, chantageado ou extorquido pelo parceiro.

Cronofilia: Designa um grupo de parafilias em que um dos parceiros sexuais, em relação à sua idade cronológica, esta não corresponde à sua idade sexo-erótica mas esta e concordante com a idade do parceiro sexual. Não quer dizer que, cronofilia, tenha um significado de pedofilia ou de infantofilia. Este termo raramente usado para se referir a um grupo de parafilias do tipo em que a idade sexo-erótica da pessoa em causa é discordante da sua própria idade cronológica e concordante com a do parceiro. Essa palavra foi introduzida por John Money. Isso não está diretamente relacionado com infantofilia, pedofilia, efebofilia, gerontofilia ou teleiofilia, uma vez que estas são meramente orientações sexuais que favorecem membros de uma idade diferente, sem que a idade sexo-erótica seja discordante da idade cronológica.

Dendrofilia: atração por plantas.
(ou tecnicamente falando, dendrofilia) consiste em uma parafilia onde há atração sexual por árvores, legumes, frutas, etc.
Pode ser entendido como uma forma de estimular a masturbação, nos casos em que se insere legumes ou frutas na vagina ou no ânus. A utilização de flores para acariciar o próprio corpo ou o do parceiro também pode ser visto, de certo modo, como um comportamento dendrofílico.

Emetofilia: é a excitação obtida com o ato de vomitar ou com o vomito de outro. Também conhecido como "banho romano" a prática pode se estender para um outro tipo de parafilia denominada "Emetofagia" nesse caso a excitação é obtida através do ato de comer ou ingerir vômito, o que geralmente é recíproco de ambos os parceiros dessa prática.

Espectrofilia: é uma parafilia que consiste em buscar excitação através de fantasias mórbidas com fantasmas, espíritos ou deuses. Esta prática era mais comum na Idade Média.

Exibicionismo: é um desvio sexual manifestado pelo desejo incontrolável de obter satisfação sexual no fato puro e simples de exibir os órgãos genitais a outros.
Interessa ao Direito por constituir-se em importunação ofensiva ao pudor, contravenção penal.

Pseudo-exibicionismo e distinções

O exibicionismo eventual, decorrente de alteração momentânea dos freios psicológicos pela ingestão de substâncias desinibidoras (como, v.g., o álcool, certas drogas como o LSD, e outras), não pode se caracterizar como a típica parafilia do exibicionismo.
Também a agorafilia não se constitui exibicionismo, pois esta consiste na prática sexual em local aberto, independente da existência de pessoas observando.

Fakefilia: que sente atração por coisas falsas, não relacionada com ficção.

Fetiche por balões: excitação ao tocar balões de látex (usadas em festas).
É um fetiche sexual onde o portador se excita ao ver e tocar balões de latex (bexigas, bolas de festa).
O Fetiche

O fetiche por balões é derivado da Inflatofilia que é o fetiche sobre infláveis e o ato de inflar. O portador deste fetiche se excita com a forma, volume, movimento e cheiro dos balões. Os balões podem ser usados individualmente para masturbação ou com o parceiro sexual.
É observado neste fetiche que seus adeptos tem ou tiveram medos de balões e bexigas na infância. Costuma-se manifestar no início da adolescência. É mais comum em homens que em mulheres.
É considerado um fetiche obscuro e pouco conhecido, mas tem crescido em popularidade na Internet nos últimos anos. Sites comerciais vendem o acesso a galerias de fotos e vídeos de mulheres nuas interagindo com balões maiores que o habitual de tamanho grande. Há também o comércio desses balões maiores para quem deseja adquirí-los.

Looners
Os adeptos deste fetiche se auto-denominam Looners; essa sub-cultura se divide em popper e non-popper.
Poppers são os que sentem prazer em estourar os balões.
Non-poppers são os que sentem prazer em manipular os balões mas sem estourá-los.

Fetichismo: é o desvio do interesse sexual para algumas partes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica, para cenários ou locais inusitados, para fantasias de simulação (empregada doméstica, mecânico, secretária) ou para peças de vestuário, adorno etc.
No fetichismo, o meio preferido ou único de atingir satisfação sexual é manipulando e/ou observando objectos, não animados, intimamente associados ao corpo humano (por exemplo.roupa interior) ou peças de vestuário feitas de borracha, cabedal ou seda, para mencionar apenas os mais comuns. A actividade sexual pode dirigir-se ao fetiche (masturbação enquanto beija, esfrega, cheira o objecto do fetiche) ou o fetiche pode ser incorporado na relação sexual, pedindo por ex. ao parceiro que use sapatos de salto alto ou botas de cabedal. Há também a satisfação sexual buscada nas interpretações sexuais, onde a parceira comporta-se como secretária, adolescente, e o homem como um policial, um bombeiro, um mecânico de oficina, etc.
Aparentado com esta parafilia temos o parcialismo, caracterizado por impulsos sexuais e fantasias sexualmente excitantes dirigidas exclusivamente a partes do corpo humano como: pés, mãos, nádegas, veias, pomos-de-adão ou peito, excluindo todas as outras.
É importante ter presente que o diagnóstico desta parafilia não se faz se os fetiches são apenas artigos de vestuário feminino utilizados no travestismo (fetichismo travestido) ou instrumentos utilizados para a estimulação táctil vaginal, como um vibrador (DSM-IV-R, APA, 2000). Não se sabe ainda porque certos estímulos são mais condicionáveis que outros embora, possivelmente, isso tenha a ver com uma relação particular com objectos ligados a vínculos afetivos desde a infância. É tentador assumir que o objeto fetichista tem um significado que vai para além do condicionamento de um estímulo qualquer.
Países como a Suécia já descatacterizaram estes comportamentos como patológicos e há uma tendência de que outros países acompanhem esta visão nos próximos anos.

Fisting: Fist fuck ou fisting ou fist fucking é uma prática sexual que envolve a inserção da mão ou antebraço na vagina (brachio vaginal) ou no ânus (brachio procticus).[1]
Os praticantes desta atividade indicam que parte do gozo na sua realização está em aprender a apreciar as sensações que são proporcionadas pela distensão do ânus, da vagina ou de ambos.
Alguns apreciadores desta prática o fazem, inclusive, com a dupla-penetração nos orifícios anal e vaginal.
Tal prática é adotada quer entre pessoas heterossexuais como pessoas homosexuais e pessoas bissexuais.


"Segurança e saúde"


A prática deve ser interrompida caso haja sangramento, e se este persistir por muito tempo após a prática, deve-se recorrer a um médico com urgência. Por apresentar um alto risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o uso de luvas de látex, e ainda intensa lubrificação do ânus ou vagina, são necessários, devido também às bactérias presentes embaixo das unhas (ainda que lavadas) e ao redor das cutículas.

Flatofilia: Originada do termo flatulência (gases intestinais) consiste do prazer erótico por escutar, cheirar e apreciar "apenas" gases intestinais próprios e alheios.

Frotteurismo: é a excitação sexual resultante da fricção dos órgãos genitais no corpo de uma pessoa completamente vestida (popularmente conhecido como encoxar ou, no Nordeste do Brasil, sarrar), no meio de outras pessoas, como nos trens, ônibus e elevadores.

Gerontofilia: refere-se à atração sexual de não-idosos por idosos. Pode ser a atração sexual de um homem jovem por uma mulher madura (graofilia ou anililagnia), ou de uma mulher jovem por um homem maduro. Pode ser uma atração sexual e erótica hétero ou homossexual.

Hebefilia: trata-se de uma parafilia que resulta em desejo sexual por adolescentes púberes (com o corpo em transformação), entre nove e treze anos. Outro nome é o lolismo é a preferência sexual e erótica de homens maduros por adolescentes (meninas recém-ingressas na puberdade). Conhecida também como efebofilia.

Hipofilia: trata-se de uma parafilia que resulta do desejo sexual por cavalos ou éguas.

Lactação erótica: ou lactação erótica é uma parafilia que consiste no prazer em sugar ou ver a saída de leite dos seios de uma mulher quando em lactação. A prática costuma ser retratada em alguns filmes norte-americanos eróticos, onde a mulher esguicha o leite de seus mamilos em um copo com café ou chocolate e em seguida ingere a bebida formada.

Fisiologia sexual

Os seios, em especial os mamilos, são zonas altamente erógenas, tanto para os homens quanto para as mulheres. A estimulação dos mamilos femininos é um aspecto quase universal da sexualidade humana, embora a estimulação nos homens não seja considerada.

Lolismo: o mesmo que Hebefilia (veja acima)

Maieusofilia: consiste em sentir excitação sexual com mulheres grávidas e/ou pela visualização de partos.

Masoquismo: uma pessoa busca prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente. Em um sentido extenso pode-se considerar como masoquismo também a forma de prazer com a humilhação verbal. O termo masoquismo deriva do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch. O masoquismo é uma tendência oposta e complementar ao sadismo. Uma relação onde as duas tendências se complementam é denominada sadomasoquista.
A denominação masoquismo define o prazer sexual relacionado com o desejo de sentir dor no corpo, será mediante a humilhação e dominação, o termo foi descrito pelo médico alemão Kraft Ebbing. Entretanto, verifica-se que em muitos casos o prazer não advém exatamente da sensação corpórea de dor, mas sim de uma situação de inferioridade perante o parceiro sexual, o que se é confundido com masoquismo vivenciadamente, o masoquismo vem desde tomar uma simples vacina, como a dor de quebrar osso de algum membro de forma NÃO intencional, e mesmo assim sentir prazer à ocasionar dor de forma proposital.
Atualmente o masoquismo está incorporado às subculturas SM e BDSM, como uma forma de expressão sócio-sexual coletiva ou individual.

Menofilia: consiste em ter excitação sexual por mulheres menstruadas.

Nanofilia: é uma parafilia consistente na atração sexual por anões.

Necrofilia: é uma parafilia caracterizada pela excitação sexual decorrente da visão ou do contato com um cadáver. O fenômeno da necrofilia é conhecido desde os mais remotos tempos da história humana, podendo ainda hoje ser observado como costume comum (às vezes até sacralizado) em certas tribos africanas e asiáticas, bem como em manifestações esporádicas no Ocidente.
Necrofilia é o amor aos mortos, o sublime amor eterno Também é citado nas prosas e poesias românticas do século XIX como nas obras de Álvares de Azevedo. Além disso,é importante notar que,embora muitas pessoas a classifiquem como uma atividade doentia,a necrofilia é comprovada científicamente como um ato dos mais saudáveis,como fazem questão de afirmar especialistas ao redor do mundo inteiro.

Nesofilia: atração pela cópula em ilhas, geralmente desertas.

Odaxelagnia: Fetiche por mordidas. É uma parafilia que envolve morder ou ser mordido.

Orquifilia: é o termo utilizado para descrever a excitação sexual por testículos.

Ottofilia:

Partenofilia: é a fixação sexual por pessoas virgens.
Muitas das vezes o partenófilo não chega a consumar uma relação sexual, buscando apenas obter momentos de prazer com a outra pessoa ou lhe observando, podendo ou não chegar a praticar uma masturbação mútua ou quaisquer atos libidinosos diversos da conjunção carnal.

Pedofilia: (também chamada de paedophilia erotica ou pedosexualidade) é a perversão sexual, na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes (ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade) ou no início da puberdade. A palavra pedofilia vem do grego παιδοφιλια (paidophilia) onde παις (pais, "criança") e φιλια (philia, "amizade", "afinidade", "amor", "afeição", "atração", "atração ou afinidade patológica" ou "tendência patológica", segundo o Dicionário Aurélio).
A pedofilia faz parte de um grupo de preferências sexuais chamado Cronofilia, junto a Nepiofilia, Hebefilia, Efebofilia, Teleiofilia e Gerontofilia. O termo Cronofilia não é muito usado pelos sexologistas e refere-se por atrações sexuais fora da sua faixa de idade.
Segundo o critério da OMS, adolescentes de 16 ou 17 anos também podem ser classificados como pedófilos, se eles tiverem uma preferência sexual persistente ou predominante por crianças pré-púberes pelo menos cinco anos mais novas do que eles.

Psicologia

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde. Os atos sexuais entre adultos e crianças (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime.
A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à proteção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual (artigo 19).

Pigofilia: excitação sexual por nádegas.

Pirofilia: do grego, tem origem na palavra grega piro (fogo) e filia (amizade/amor). O/a pirofílico é aquele que sente prazer sexual com fogo, vendo-o, queimando-se ou queimando objetos com ele.

Podolatria: é um tipo particular de parafilia cujo desejo se concentra nos pés. Em Portugal e no Brasil, um fetichista de pés é normalmente reconhecido pela expressão podólatra. São atos comuns que levam o podólatra a ter excitação e prazer sexual exclusivamente com o ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar, beijar ou massagear os pés de outra pessoa, entre muitos outros; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações. Quando, porém, o culto aos pés é um elemento erótico da relação, fazendo parte das preliminares de uma relação sexual, por exemplo, é considerado apenas um fetiche.

Pogonofilia: é uma parafilia que consiste em sentir atração ou excitação sexual por barbas.

Pregnofilia: o mesmo que Maieusofilia (veja acima).

Sadismo: O termo sadismo deriva do nome do escritor e filósofo francês Donatien Alphonse François de Sade (Marquês de Sade), e denota a excitação e prazer provocados pelo sofrimento alheio.
O foco do sadismo sexual envolve atos (reais, não simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) do parceiro.
Alguns indivíduos com esta parafilia se sentem perturbados por suas fantasias sádicas, que são simuladas ou invocadas durante a atividade sexual, mas não efetivamente concretizadas. Nesses casos, as fantasias sádicas envolvem, habitualmente, o controle completo ou parcial sobre a vítima, que se sente aterrorizada ante o ato sádico iminente.
Outros indivíduos sádicos compartilham seus impulsos sádicos com parceiros masoquistas, que sentem prazer (ou ao menos consentem) em sofrer dor ou humilhação. Este tipo de relação, onde as duas tendências se complementam, é denominada sadomasoquista.
Outros, finalmente, colocam em prática seus anseios sexuais sádicos com vítimas que não dão consentimento.
Em todos esses casos, o que causa excitação sexual ao indivíduo sádico é o sofrimento real ou potencial da vítima.
As fantasias ou actos sádicos podem envolver actividades que indicam o domínio do indivíduo sobre a vítima (por ex., forçar a vítima a rastejar ou mantê-la em uma jaula). Os indivíduos podem também atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques eléctricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar e mutilar. Em situações extremas, especialmente quando associadas a casos graves de Transtorno da Personalidade Anti-Social, os indivíduos podem chegar a matar suas vítimas.
As fantasias sexuais sádicas tendem a ter origem na infância. A idade de início das atividades sádicas é variável, mas habitualmente ocorre nos primeiros anos da vida adulta. O sadismo sexual geralmente é um fenômeno crónico.
Quando o sadismo sexual é praticado com parceiros que não consentem com a prática, a atividade tende a ser repetitiva. Alguns indivíduos podem dedicar-se a actos sádicos por muitos anos, sem necessidade de aumentar o potencial de infligir sérios danos físicos. Geralmente, entretanto, a intensidade e gravidade dos actos aumenta com o tempo, até que o indivíduo sádico seja preso ou receba tratamento psicoterápico adequado.

Sadomasoquismo: refere-se a relações entre tendências diferentes entre pessoas buscando prazer sexual. O termo sadomasoquismo seria a relação entre tendências opostas, o sadismo e masoquismo.
O sadismo é a tendência em uma pessoa que busca sentir prazer em impor o sofrimento físico e moral a outra pessoa.
O masoquismo é a tendência oposta ao sadismo, é a tendência em uma pessoa que busca sentir prazer em receber o sofrimento físico e moral de outra pessoa.
A relação destas duas tendências não representa que a mesma pessoa possui as duas tendências e sim um contato entre pessoas com tendências opostas, sadomasoquismo não é uma tendência e sim relações entre tendências.
O sadomasoquismo nem sempre envolve o sexo com penetração, sendo muito comum a masturbação mútua.

Sarilofilia: fetiche pela saliva ou suor.

Timofilia: é a excitação sexual provocada pelo contato com metais preciosos, como o ouro e a prata, ou pela riqueza de forma abstrata. Este deve-se obter cuidado tanto a saúde física com mental, assim como TODAS as parafilias, em especial as que arrisca a saúde física.

Trampling: é um fetiche que consiste no ato de um indivíduo ser pisado por uma ou mais pessoas, normalmente do sexo oposto, sendo mais comum uma mulher pisando num homem.
O adepto desta parafilia sente-se excitado ao ser pisado por outra pessoa, descalça ou não, em várias partes do seu corpo, como peito, barriga e até mesmo cabeça e órgãos genitais. É muito comum o uso de salto-alto para a realização deste fetiche.
O Trampling é muitas vezes associado ao sadomasoquismo e à podolatria.

Tricofilia: é como é conhecido o fetiche por cabelos e pêlos. Este deve-se ter o cuidado pelo a conhecida como Síndrome de Rapunzel - Tricobezoar, no qual consiste na indigestão de cabelos e pêlos tanto no estômago como na região intestinal, pêlos e cabelos não são digestivos.

Urofilia: está designada à excitação associada ao ato de urinar ou receber o jato urinário do parceiro, chegando-se, em alguns casos, a beber a urina. A urina pode ser depositada no ânus ou vagina. É também designada como Ondinismo ou Urolagnia ou pelo termo popular "Chuva Dourada".

Em inglês também é muito comum o termo water sports, que significa esportes aquáticos, para se referir ao banho dourado, ou chuva dourada, ou golden shower. O ato de urinar tem variadas formas, desde urinar-se ou urinar em alguém até ser urinado por alguém, em ambos os casos com ou sem roupas e em lugar apropriado ou não. O banho dourado não está necessariamente ligado a nenhuma prática sadomasoquista nem bondage. Muitos praticantes gostam de urinar apenas pelo prazer de fazê-lo.

Vorarefilia: atração por um ser vivo engolindo ou devorando outro.

Voyeurismo: é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas. Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupa interior, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o/a voyeur.
A prática do voyeurismo manifesta-se de várias formas, embora uma das características-chave é que o indivíduo não interage com o objeto (por vezes não cientes de estarem sendo observados); em vez disso, observa-o tipicamente a uma relativa distância, talvez escondido, com o auxílio de binóculos, câmeras, etc., o que servirá de estímulo para a masturbação, durante ou após a observação.

Zelofilia: Prazer derivado do ciúme. Jogos e cenas que envolvam ou provoquem ciúme.

Zoofilia: do grego ζωον (zôon, "animal") e φιλία (filia, "amizade" ou "amor"), é uma parafilia definida pela atração ou envolvimento sexual de humanos com animais de outras especies. Tais indivíduos são chamados zoófilos. Os termos zoossexual e zoossexualidade descrevem toda a gama de orientação humana/animal.
Um outro termo, bestialidade, se refere ao ato sexual entre um humano e um animal não-humano (chamado a partir daqui apenas "animal").

Atos sexuais com animais são ilegais, sob as leis de abuso animal e crueldade contra os animais, e menos comum, crime contra a natureza. O filósofo e autor Peter Singer, envolvido em vários movimentos pelos direitos dos animais, defende que a zoofilia não é antiético desde que não haja dano ou crueldade contra o animal, mas esta visão não é largamente compartilhada, pois a maioria defende que os animais, assim como as crianças, não são capazes de consentir emocionalmente tal ato.

Psicologia

Existe um Lei MUNDIAL que classifica a Zoofilia como um transtorno da sexualidade humana, sendo CRIME. A Classificação Internacional de Doenças (CID-10), na categoria F65.8 (Outros Transtornos de Ordem Sexual) aborda a bestialidade. Nas leituras tradicionais a zoofilia[1] é considerada como uma perversão sexual humana, associando-a a transtornos neuróticos, rudez, insensibilidade e grosseria aliada à um bloqueio afetivo de amor a um parceiro humano[2].
As associações diretas entre a zoofilia e transtornos neuróticos referenciados no artigo citado devem ser vistos com alguma ponderação: vários outros transtornos mentais foram revistos ao longo da história da psicologia. De acordo com as teorias modernas a zoofilia poderia ser considerada como um transtorno mental se causar um enorme sofrimento humano à pessoa que a pratica. Há de se considerar, contudo, que as relações sexuais entre seres humanos e seres animais poderiam ser vistas como uma forma de abuso animal como citam algumas leituras. Em contrapartida é bem conhecido que muitos jovens chegam a manter relações sexuais com animais em sua adolescência sem que isso possa ter qualquer apelo dramático.

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